Olá queridos amigos leitores! Hoje venho falar de um conto para vocês!
Um conto que li sem ler a sinopse (como sempre) e me surpreendi com a qualidade da narrativa e tudo que abordou em poucas páginas, e confesso alugou aquele triplex na minha cabeça , por me fazer questionar a realidade de locais e épocas que infelizmente ainda não foi totalmente modificada.
🤷🏿♂️😰 “De um momento para o outro tudo mudou. Viu-se em uma cama sendo visitado por pessoas que não conhecia e não lhe dirigiam a palavra.”
Nesse conto, acompanhamos um Coronel que após todas as maldades de sua vida está acamado sem poder se comunicar, e sem familiares ou pessoas que o amem ao redor.
Conforme ele relembra suas atrocidades, mergulhamos na história de Inácio, um homem negro que arriscou sua vida ao levantar os olhos para a filha do coronel.
Somos levados então a uma história de amor recheada de lutas, ideias engenhosas e sofrimento pelos mandos e desmandos de poderosos relacionados ao preconceito e sentimento de superioridade.
🤷🏿♂️😰 “Aprender a ler e escrever eram o suficiente, mais que suficiente, afinal, para que eles iriam aprender a ler e escrever? Para ler livros que lhes falasse de direitos?”
Com uma escrita cativante, Dhyan Firdauz fala de politica, classes sociais, alienação dos mais pobres, e do sentimento de injustiça que sentimos ao pensar no homem branco que se acha superior as outras etnias.
Inácio é considerado um herói pelos seus, ele que venceu o “sistema”, deu seu jeitinho e conseguiu viver o seu amor.
A narrativa também expõe as violências praticadas pelos coronéis, como violência s3xu4l contra as criadas, ou mesmo os castigos físicos empregados a quem não seguia a risca o que era mandado.
O mais curioso (eu pelo menos não sabia) é que a história é baseada em uma lenda popular, e que existe mesmo um morro do Pai Inácio, localizado na Chapada Diamantina.
Recomendo a leitura desse conto que está disponível em formato digital pela Amazon e Kindle Unlimited.